Você já tentou conversar com um GPT e não teve o resultado que esperava? Aprenda como criar prompts para GPT’s eficientes de forma simples e descomplicada, com exemplos reais que funcionam no dia a dia.
Quando a conversa com a IA não sai como esperado
Prompts para GPT’s. Só de ouvir isso, tem gente que já trava. Parece complicado, técnico demais. Mas não é. Na verdade, é só uma forma de dizer: “o que você escreve para conversar com a inteligência artificial”.
Muita gente já passou pela experiência de abrir o ChatGPT, fazer uma pergunta qualquer e… se decepcionar com a resposta. Às vezes ela vem vaga, meio fora de foco. E a culpa nem sempre é da IA. Muitas vezes, é só uma questão de como a pergunta foi feita.

É como quando a gente tenta explicar alguma coisa pra alguém que não nos conhece. Se não for direto ao ponto, fica difícil entender o que a gente quer. Com a IA, é mais ou menos assim. Mas, calma: com algumas dicas, tudo começa a fluir melhor.
O que são esses tais de prompts?
Pra não complicar: prompts para GPT’s são basicamente as mensagens que a pessoa escreve pra pedir algo à inteligência artificial. É como puxar assunto com alguém que sabe bastante coisa — mas que precisa entender bem o que você quer. Pode ser uma pergunta, uma sugestão, uma tarefa, uma ideia criativa… tudo vale.
Dá pra pensar no prompt como a forma de dizer pra IA: “Ei, me ajuda aqui com isso”. E isso pode ser desde algo simples do dia a dia até uma coisa mais elaborada. Quer ver?
- “Me dá uma receita prática com frango e arroz que eu consiga fazer em 30 minutos.”
- “Escreve uma legenda leve e divertida pra uma foto de formatura.”
- “Organiza minha rotina da semana com tempo pra estudar, trabalhar e descansar.”
- “Me sugere nomes criativos pra um canal de viagens no YouTube.”

Tudo isso são exemplos de prompts para GPT’s. Eles não precisam ser perfeitos, mas quanto mais diretos e objetivos forem, melhor a IA entende e responde. É como conversar com alguém novo: se explicar bem, a conversa rende. Se enrolar demais, vira mal-entendido.
Por que isso faz tanta diferença?
Pensa só: se alguém chega pra você e diz “fala sobre futebol”, o que vem na sua cabeça? Pode ser time, campeonato, jogador, regra do jogo… tem muita coisa. Agora, se essa pessoa completa com “fala sobre os principais times do Nordeste em 2025”, a conversa já ganha direção. Fica bem mais fácil responder de forma útil.
Com a IA funciona do mesmo jeitinho. Ela precisa de pistas claras pra saber qual caminho seguir. E é aí que entra a importância de um bom prompt.
Mas o que faz um prompt ser bom mesmo?
- Ele diz claramente o que se quer — nada de frases que deixam a IA adivinhando. Por exemplo, em vez de escrever “fale sobre saúde”, fica muito mais útil escrever “quais são os cuidados essenciais para manter a saúde mental em tempos de estresse”. Isso mostra exatamente o que a pessoa quer saber.
- Ele explica o tipo de resposta que se espera — quer que a IA responda com uma lista? Com um texto descontraído? Em tom de conversa? Tudo isso pode (e deve) ser dito. Por exemplo: “Me responda em tom informal, como se fosse um amigo dando conselhos, e use uma lista com 5 itens”. Isso ajuda muito a deixar a resposta no estilo que a pessoa prefere.
- Ele dá contexto, mesmo que seja curto. Às vezes, só dizer “sou professora de português e quero dicas pra ensinar gramática básica pra alunos do 6º ano” já muda completamente a qualidade da resposta. A IA entende pra quem é, o nível, e consegue entregar algo mais útil.
- Ele vai direto ao ponto, sem ficar dando voltas, mas sem deixar de incluir as informações importantes. Um bom exemplo seria: “Preciso de um resumo curto sobre a Guerra Fria para apresentar numa aula de história, com linguagem simples e objetiva”. Tá tudo ali: o que é, pra que serve, e como deve ser escrito. Isso dá clareza pra IA e agilidade pra quem recebe a resposta.
- Ele indica o papel que a IA deve assumir — isso pode parecer detalhe, mas muda tudo. Dizer “aja como um advogado experiente”, “responda como se fosse um professor do ensino médio”, ou “explique como um amigo que entende do assunto” faz com que a resposta venha no tom certo. Por exemplo, ao pedir “explique como funciona o imposto de renda como se fosse para um adolescente de 15 anos”, a IA adapta o vocabulário e o ritmo da explicação, deixando tudo mais acessível. Esse tipo de orientação ajuda a IA a se posicionar e adaptar a resposta ao público certo.
E o melhor: não precisa escrever bonito ou usar termos difíceis. Um bom prompt pode ser simples, como um pedido feito na cozinha de casa. O importante é que ele tenha um objetivo claro e uma direção. Quando isso acontece, a IA responde melhor — e quem recebe a resposta sai com a sensação de que valeu a pena.
A importância na indicação do tipo de linguagem
Quando alguém conversa com uma inteligência artificial, não basta apenas dizer o que quer — é importante também dizer como quer. O tom, o formato e o estilo da resposta fazem muita diferença no resultado final. Tem gente que prefere um texto mais direto. Outros, algo mais informal e descontraído. Às vezes, o objetivo é explicar de forma técnica, outras, apenas motivar ou entreter. Deixar isso claro nos prompts para GPT’s ajuda a IA a se comunicar do jeito certo, para a pessoa certa, no momento certo.

Veja abaixo alguns tipos de linguagem que podem ser pedidos — com exemplos que cabem em situações do dia a dia:
1. Resposta explicativa (ou expositiva)
Esse estilo é ótimo quando a pessoa quer entender algo com calma, como se estivesse ouvindo uma explicação de um professor tranquilo e paciente. A linguagem é clara, direta e didática. Exemplo:
“Explique de forma simples o que é computação em nuvem, utilizando resposta explicativa.”
Um retorno possível seria:
“Computação em nuvem é uma forma de usar programas, guardar arquivos e acessar serviços pela internet, sem precisar instalar nada no computador. É como se, em vez de ter tudo guardado num pendrive ou no HD da sua máquina, você guardasse seus dados em um lugar seguro na internet — chamado de ‘nuvem’.
Esses dados ficam disponíveis a qualquer hora, de qualquer lugar, desde que você tenha conexão. Um exemplo simples disso é quando alguém usa o Google Drive ou o iCloud para salvar fotos e documentos. A nuvem facilita o acesso, a colaboração com outras pessoas e evita a perda de arquivos caso o computador estrague.”
2. Resposta em formato de diálogo
Aqui, a IA simula uma conversa, o que pode deixar o conteúdo mais leve, mais real. É ótimo pra dramatizar situações ou mostrar como algo acontece na prática. Exemplo:
“Crie um diálogo entre um nutricionista e um paciente que quer entender como montar uma alimentação mais saudável.”
Um retorno possível seria:
“Paciente: Olá, doutor! Eu queria muito começar a comer melhor, mas fico perdido com tanta informação. Por onde eu começo?
Nutricionista: Olá! Que bom que você está dando esse passo. A primeira coisa é pensar na variedade. Tente montar seus pratos com três cores diferentes — isso geralmente garante que você está consumindo diferentes tipos de nutrientes.
Paciente: Três cores? Tipo arroz, feijão e carne?
Nutricionista: Pode ser! Mas, se possível, inclua também vegetais ou frutas. Por exemplo: arroz integral, feijão, frango grelhado e brócolis. São quatro cores, e seu prato fica mais equilibrado.
Paciente: Entendi. E refrigerante, posso tomar de vez em quando?
Nutricionista: Pode sim, mas com moderação. Se você conseguir trocar por suco natural ou água com limão no dia a dia, já faz uma grande diferença.
Paciente: Vou tentar! Obrigado pelas dicas!
Nutricionista: De nada! E lembre: comer bem não precisa ser complicado — só precisa ser consciente.”
3. Resumo ou síntese
Ideal quando o tempo é curto ou o conteúdo original é muito longo. A IA pega os pontos principais e entrega um apanhado geral que ajuda a entender o essencial. Exemplo:
“Apresente de forma simples os principais pontos da Revolução Francesa, em formato de resumo ou síntese.”
Um retorno possível seria:
“A Revolução Francesa, que aconteceu entre 1789 e 1799, foi um movimento que mudou completamente a estrutura política e social da França. Os principais motivos foram a crise econômica, os altos impostos sobre os mais pobres e o descontentamento com a monarquia absolutista.
No fim, a revolução abriu caminho para o surgimento da república e influenciou mudanças em vários países do mundo.”
4. Lista ou tópicos
Facilita a leitura e organização das ideias. Bom pra quem gosta de visualizar o conteúdo de forma prática e direta. Exemplo:
“Quais são os principais benefícios de usar inteligência artificial na educação? Apresente sob forma de lista ou tópicos.”
Um retorno possível seria:
Aqui estão 3 benefícios práticos da inteligência artificial na área da educação:
- Personalização do ensino: a IA pode adaptar conteúdos e atividades ao ritmo e às necessidades de cada aluno.
- Correções automáticas: economiza tempo dos professores ao corrigir provas, trabalhos e exercícios de forma rápida.
- Acesso facilitado ao conhecimento: assistentes virtuais respondem dúvidas a qualquer hora, ajudando na aprendizagem fora da sala de aula.”
5. Tom analítico ou comparativo
Perfeito pra quem quer entender as diferenças ou pensar nos prós e contras antes de tomar uma decisão. A IA pode organizar argumentos dos dois lados. Exemplo:
“Compare estudar em casa e estudar em uma biblioteca. Quais são as vantagens e desvantagens de cada um? Retorne usando tom analítico ou comparativo.”
Um retorno possível seria:
“Estudar em casa tem como principais vantagens o conforto, a flexibilidade e a praticidade. A pessoa pode montar seu próprio ambiente, escolher os horários e evitar o tempo gasto com deslocamentos. No entanto, essa liberdade vem com um desafio: lidar com distrações. É fácil perder o foco com o celular, a televisão ou até outras pessoas ao redor. Além disso, nem sempre o ambiente da casa é silencioso ou bem iluminado, o que pode atrapalhar a produtividade.
Já a biblioteca oferece um espaço pensado para o estudo. O ambiente é, geralmente, silencioso e organizado, o que ajuda bastante quem precisa de concentração. Estar rodeado de outras pessoas também estudando pode servir de estímulo. Mas há limitações: a pessoa precisa se deslocar até lá, seguir horários específicos de funcionamento e respeitar regras como o uso restrito de aparelhos eletrônicos ou a proibição de comer no local.”
6. Estilo motivacional ou inspirador
Quando a intenção é levantar o astral, dar uma força ou encorajar alguém. A linguagem aqui é acolhedora, empática e positiva. Exemplo:
“Escreva uma mensagem para quem está desanimado com os estudos. Adote um estilo motivacional ou inspirador.”
Um retorno possível seria:
“Ei, respira fundo. Tá tudo bem não estar bem o tempo todo. Estudar, se esforçar, manter o foco… tudo isso cansa, e às vezes parece que não tá dando em nada. Mas acredita: cada pedacinho que você aprende agora é um passo firme no seu caminho. Mesmo nos dias em que parece que nada entra na cabeça, seu esforço conta — e muito.
Você não precisa ser perfeito, nem acertar tudo. Só precisa continuar, mesmo devagar. O importante é não parar. Lembra por que você começou? Aquilo ainda está aí dentro de você. E se hoje for um dia mais difícil, tudo bem. Amanhã você tenta de novo, com calma. Porque quem vai chegar lá é você — do seu jeito, no seu tempo.”
7. Passo a passo / Tutorial
Ajuda muito quem está tentando aprender algo novo. É aquele estilo ‘faça você mesmo’, com instruções claras e organizadas em sequência. Exemplo:
“Explique como criar uma conta no Gmail, utilizando um estilo passo a passo ou tutorial.”
Um retorno possível seria:
“Criar uma conta no Gmail é mais simples do que parece. A seguir, veja o passo a passo para fazer isso sem erro:
Primeiro, abra o navegador do seu computador ou celular e acesse o site www.gmail.com. Na página que aparecer, clique em “Criar conta”. Depois disso, o sistema vai pedir algumas informações básicas: seu nome completo, o nome de usuário (que será seu e-mail) e uma senha segura.
Depois de preencher esses dados, clique em “Próxima”. Na tela seguinte, informe um número de celular válido e um e-mail de recuperação (opcional, mas ajuda caso esqueça a senha). Confirme sua identidade digitando o código que será enviado por SMS.
Na próxima etapa, complete os dados com sua data de nascimento e gênero. Aceite os termos de uso do Google e clique em “Concordo”. Pronto! Sua conta está criada e você já pode começar a enviar e receber e-mails.”
8. Texto criativo ou ficcional
Aqui a IA solta a imaginação: cria histórias, personagens e cenas de forma livre. Muito usado por quem gosta de literatura ou quer brincar com ideias novas. Exemplo:
“Crie uma história curta sobre um robô que queria aprender a cantar. Utilize estilo criativo ou ficcional.”
Um retorno possível seria:
“No coração de uma cidade metálica chamada Lumen, morava um pequeno robô chamado Tico. Diferente dos outros, que passavam os dias ajustando parafusos e limpando painéis solares, Tico passava horas observando os humanos cantarem nas praças.
Ele não entendia como aquela sequência de sons podia emocionar tanto. Um dia, curioso e determinado, gravou todas as músicas que ouviu ao longo da semana e tentou imitá-las. Mas o som que saiu foi… estranho. Metade nota, metade chiado.
Mesmo assim, não desistiu. Reprogramou seu sistema de voz, estudou harmonias, e pediu ajuda a um passarinho que cantava pela janela de um café. Com o tempo, o chiado virou melodia, e a melodia virou canção.
Na primavera seguinte, Tico fez seu primeiro show. Cantou com voz metálica, sim, mas cheia de intenção. E quando terminou, ninguém aplaudiu por educação — a cidade inteira se levantou, emocionada, com olhos brilhando. Porque ali, diante de todos, estava um robô que aprendeu não só a cantar… mas a sentir a música de verdade.”
9. Formato formal ou técnico
É mais indicado para contextos profissionais ou acadêmicos, onde o vocabulário é mais preciso e o estilo, mais sério. Exemplo:
“Explique o conceito de computação em nuvem em um texto formal, como se fosse para um relatório técnico.”
Um retorno possível seria:
“A computação em nuvem, ou cloud computing, refere-se ao fornecimento de recursos computacionais — como armazenamento, processamento e serviços de rede — por meio da internet, sob demanda. Essa abordagem permite que usuários e organizações acessem sistemas e dados a partir de qualquer local, utilizando servidores remotos mantidos por provedores especializados.
Entre as principais características da computação em nuvem estão a escalabilidade, a elasticidade, a alta disponibilidade e o modelo de pagamento conforme o uso. Os serviços são, geralmente, categorizados em três modelos principais: Infraestrutura como Serviço (IaaS), Plataforma como Serviço (PaaS) e Software como Serviço (SaaS).
A adoção dessa tecnologia tem se expandido significativamente devido à sua capacidade de reduzir custos operacionais, otimizar recursos e aumentar a flexibilidade das infraestruturas de TI.”
10. Formato de roteiro ou estruturação
Perfeito pra quem está montando um conteúdo com começo, meio e fim. A IA organiza as partes e entrega o conteúdo pronto pra ser usado em apresentações, vídeos ou publicações. Exemplo:
“Estruture um vídeo curto para o Instagram explicando o que é inteligência artificial. Adote formato de roteiro ou estruturação.”
Um retorno possível seria:
“🎬 Título do vídeo:
O que é Inteligência Artificial? Entenda em 60 segundos!🟢 Introdução (0s–10s):
[Cena de uma pessoa olhando para o celular, surpresa]
Narrador: ‘Você já usou inteligência artificial hoje e nem percebeu. Quer ver como isso funciona?‘🟡 Desenvolvimento (10s–45s):
[Imagens de assistentes virtuais, carros autônomos, e sugestões de filmes em apps de streaming]
Narrador: ‘A inteligência artificial é uma tecnologia que permite que máquinas ‘aprendam’ com dados e tomem decisões. Ela está por trás de muita coisa do nosso dia a dia: quando você pede algo pra Alexa, quando o Google completa sua frase ou quando o YouTube sugere o próximo vídeo.‘🔴 Encerramento (45s–60s):
[Cena volta para a pessoa sorrindo e usando o celular com praticidade]
Narrador: ‘Simples assim. A IA já faz parte da nossa vida — e entender como ela funciona é o primeiro passo para usar melhor essa tecnologia.’”
Como funciona um GPT por dentro (sem complicar)
Vamos por partes: o GPT é um tipo de inteligência artificial que aprendeu a escrever e conversar lendo muita coisa — tipo MUITA coisa mesmo. Ele foi treinado com textos de sites, livros, fóruns, notícias, redes sociais e por aí vai. Tudo isso serviu pra ele entender padrões de linguagem, ou seja, como as palavras se combinam, como frases são estruturadas e como uma ideia costuma vir depois da outra.
Mas é importante saber que ele não “pensa” como a gente. Ele não tem sentimento, nem opinião. Ele também não entende o mundo como uma pessoa entende. O que ele faz, basicamente, é prever qual palavra vem depois da outra. Parece pouco, mas isso permite que ele construa respostas bem sofisticadas — desde que a gente saiba pedir.
Para saber mais sobre as diferentes ferramentas de IA disponíveis e escolher a melhor para suas necessidades, confira nosso artigo Comparação dos principais GPTs 2025: qual se encaixa melhor no seu dia a dia.
A IA funciona como quem completa frases de forma inteligente. Se você diz “bolo de…”, ele sabe que pode vir “chocolate”, “cenoura”, “fubá”. Mas se você começa com “Quais são os impactos da IA na educação básica?”, ele já ativa um conjunto diferente de palavras e temas que fazem sentido naquele contexto.
Agora, se a pessoa escreve só “fala sobre IA”, o modelo pode se perder ou trazer algo muito superficial. É como tentar montar um quebra-cabeça sem ver a figura da caixa: ele pode até tentar, mas vai demorar mais ou nem encaixar direito. Por isso, quanto mais claro e direcionado for o prompt, melhor será a resposta.
Ah, e é por isso também que o modelo não “adivinha” tudo. Se faltar informação, ele vai chutar com base no que viu antes. Mas se a pessoa disser exatamente o que quer, o resultado costuma surpreender — no bom sentido.
Como escrever prompts para GPT’s que realmente funcionam
Sabe quando a gente tenta pedir ajuda, mas não sai exatamente como queria? Com a inteligência artificial, é a mesma coisa. A forma como o pedido é feito influencia diretamente no que a IA vai entregar. Escrever prompts para GPT’s claros, com as palavras certas e no estilo certo, é como acertar o tom da conversa logo no começo.
Mas calma: isso não significa que você precisa ser especialista em nada. Basta ter uma ideia do que quer, organizar bem as informações e escolher como deseja que a resposta venha. Nesta seção, você vai ver algumas dicas simples que fazem toda a diferença na hora de conversar com a IA — seja pra aprender, criar, planejar ou resolver algo do dia a dia.
a) Não enrole. Vá direto ao ponto (mas explique o necessário):
Evite frases genéricas como “fala sobre viagem”. Isso pode levar a uma resposta muito ampla ou fora do que você imaginava. Em vez disso, escreva algo como: “Quais são os melhores destinos no Brasil para viajar com crianças nas férias de julho?”. Isso mostra o foco, o público e o momento da viagem.
b) Dê um pouco de contexto:
Quanto mais informação a IA tiver, melhor. Dizer “Preciso de sugestões de nomes para a loja da minha irmã” é um começo, mas dá pra melhorar: “Estou ajudando minha irmã a abrir uma loja de doces caseiros artesanais. Ela quer um nome delicado, com um toque retrô”. A IA entende o tipo de produto, o estilo da marca e o tom desejado.
c) Diga como quer a resposta:
Você pode orientar o formato da resposta. Quer algo em lista? Um parágrafo curto? Um passo a passo? Tudo isso pode ser pedido diretamente no prompt. Exemplo: “Liste 4 ideias de lembrancinhas baratas para chá de bebê” ou “Explique em um parágrafo curto e informal o que é a inflação”.
d) Teste variações se não gostar da resposta:
Às vezes, o primeiro prompt não sai como esperado — e tudo bem. Faz parte do processo ajustar, testar outra forma de perguntar ou até quebrar um pedido grande em partes menores. Isso melhora muito a qualidade do que a IA entrega.
e) Use o estilo que combina com o momento:
A IA pode assumir vários “tons de voz”. Você pode pedir que ela responda como se fosse um professor, um médico, um consultor de marketing ou até um colega de sala. Isso ajuda a adaptar a linguagem ao público-alvo.
Exemplo: “Explique a inflação como se fosse para um aluno do ensino fundamental” ou “Aja como um redator publicitário e crie um título chamativo para uma campanha de doação de sangue”.
f) Escreva de forma estruturada, em tópicos quando for necessário:
Muitas vezes, a gente quer pedir várias coisas ao mesmo tempo. Quando isso acontece, escrever tudo num texto corrido pode confundir a IA. Nesses casos, vale muito a pena organizar o pedido em tópicos ou blocos. Isso facilita tanto pra IA entender como pra quem vai ler a resposta depois.
Por exemplo:
Me ajude com o seguinte:
- Sugira um nome criativo para uma cafeteria que funciona em um trailer.
- Crie uma descrição breve (até 100 palavras) com um tom leve e simpático.
- Liste 3 ideias de postagens para redes sociais.
Essa forma de escrever, mais organizada, ajuda a IA a responder ponto por ponto, de forma mais clara e útil. Também evita que alguma parte fique de fora ou que a resposta saia confusa.
E o que são tokens?
Essa palavrinha — tokens — pode parecer complicada à primeira vista, mas na prática é bem mais simples do que parece. Em vez de contar palavras inteiras ou letras, a IA divide os textos em pedaços menores, como se estivesse cortando frases em pedacinhos. Cada pedacinho desses é um token. Às vezes é uma palavra completa, às vezes é só uma parte dela. E é com base nesses pedaços que a IA faz seus cálculos e monta as respostas.
Por exemplo, a frase “O céu está azul” tem quatro tokens: “O”, “céu”, “está” e “azul”. Já palavras grandes ou diferentes podem virar dois ou três tokens. É assim que a IA mede o tamanho do que está sendo escrito — tanto no que a pessoa envia quanto na resposta que ela vai devolver.
Saber disso ajuda, principalmente quando se percebe que respostas muito longas podem ser cortadas. É tudo uma questão de espaço, e esse espaço é medido em tokens.
Por exemplo: a palavra “computador” pode ser um único token, mas uma frase como “O sol está forte” vira quatro tokens: “O”, “sol”, “está” e “forte”. Já uma palavra em inglês mais longa ou pouco comum pode ser dividida em dois ou três tokens dependendo da forma como foi registrada durante o treinamento.
Mas por que isso importa? Porque o modelo tem um limite de tokens que ele pode processar de uma vez só. Esse limite inclui tanto o que a pessoa escreve no prompt quanto a resposta que a IA vai gerar. Então, se o prompt for muito longo ou se a pessoa pedir uma resposta enorme, pode acabar ultrapassando esse limite e a IA pode cortar a resposta no meio ou simplificar demais.
Na prática, pra quem está começando, não precisa se preocupar tanto. Mas vale a pena ficar atento quando estiver escrevendo algo mais longo ou detalhado. Se a resposta vier incompleta, pode ser que tenha batido no limite de tokens. E aí uma solução simples é dividir o pedido em partes menores.
Prompts para gerar prompts (Meta-prompts)
Pode parecer curioso à primeira vista, mas sim — é possível usar a IA para criar outros prompts para GPT’s. E isso é muito útil. Esses comandos especiais, chamados de meta-prompts, ajudam a construir perguntas melhores, mais completas e personalizadas. Eles servem como ponto de partida quando a pessoa não sabe exatamente como formular um bom pedido. E funcionam como um guia para explorar o potencial da inteligência artificial sem precisar entender de tecnologia.
Veja três situações em que isso pode ser bastante útil:
1. Criar prompts para gerar imagens com IA
Ao usar ferramentas como o ImageFX ou o Google Wisk, escrever o prompt certo pode fazer toda a diferença entre uma imagem genérica e uma visualmente impressionante. Mas nem sempre é fácil descrever a cena perfeita. A IA pode ajudar nisso também.
Exemplo de meta-prompt:
“Crie um prompt detalhado para gerar uma imagem de um astronauta andando em uma floresta tropical futurista, com cores vibrantes e luz suave, usando o estilo do ImageFX.”
Um GPT poderia retornar o prompt abaixo como resposta ao meta-prompt informado:
“A lone astronaut walking through a futuristic tropical rainforest, wearing a sleek white and silver spacesuit with a glowing blue visor, surrounded by lush exotic plants, bioluminescent flora, and massive trees with iridescent leaves, soft ambient lighting filtering through the canopy, mist in the background, vibrant color palette with glowing greens, purples, and blues, cinematic atmosphere, ultra-detailed, wide-angle view, high realism.“
Você vai perceber que o prompt está em inglês — e isso é bem comum quando falamos de geração de imagens com inteligência artificial. As principais ferramentas costumam funcionar melhor com descrições nesse idioma. Basta copiar e colar o prompt em uma dessas plataformas, e pronto: a imagem com as características que você descreveu começa a ganhar vida na tela:

2. Gerar prompts para aprendizado ou estudos
Estudantes, professores ou autodidatas podem usar a IA para construir prompts personalizados de acordo com o tema, o nível de dificuldade e o objetivo.
Exemplo de meta-prompt:
“Me ajude a criar 5 prompts para GPT’s para revisar o conteúdo de biologia do ensino médio sobre ecossistemas, em formato de perguntas curtas.”
Isso facilita a preparação para provas, revisões e atividades com mais foco e organização.
3. Criar prompts para uso profissional (redes sociais, marketing, negócios)
Profissionais que trabalham com conteúdo, planejamento ou atendimento também podem se beneficiar. Um bom meta-prompt ajuda a gerar ideias para campanhas, postagens, e até apresentações.
Exemplo de meta-prompt:
“Gere 3 prompts para o ChatGPT criar postagens criativas sobre sustentabilidade, voltadas para o Instagram de uma loja de produtos ecológicos.”
Com isso, a IA passa a atuar como um parceiro de criação — economizando tempo e ampliando as possibilidades.
Meta-prompts são como ferramentas de apoio. Eles não resolvem tudo sozinhos, mas ajudam a abrir caminho, principalmente quando a gente não sabe por onde começar. E quanto mais a pessoa pratica, mais fácil fica ajustar os pedidos para obter o que realmente precisa.
Todo mundo pode aprender a perguntar melhor
Não existe fórmula fechada, nem precisa ser um expert em tecnologia. Criar bons prompts para GPT’s é como aprender a cozinhar: quanto mais se pratica, mais natural fica. No começo, pode parecer difícil saber o que dizer ou como dizer, mas logo a pessoa percebe que basta clareza e um pouquinho de curiosidade.
Com o tempo, escrever prompts para GPT’s vira quase um hábito. A IA deixa de ser apenas uma ferramenta qualquer e passa a ser uma aliada real — seja pra organizar a semana, tirar dúvidas, criar ideias novas ou entender melhor qualquer assunto. Para aprender mais sobre como criar prompts eficazes, confira o Curso Online Engenharia de Prompt: Criando Prompts Eficazes para IA Generativa da Alura, que oferece técnicas práticas para dominar essa habilidade.
O mais importante é lembrar que ninguém precisa acertar de primeira. Dá pra errar, tentar de novo, ajustar, testar outros formatos… E nisso tudo, a pessoa vai aprendendo mais não só sobre a IA, mas também sobre como se comunicar melhor, pensar com mais clareza e até resolver problemas do dia a dia com mais leveza.
Então, por onde começar? Pode ser com um pedido simples. Um “me ajuda com isso aqui?” já é suficiente pra dar o primeiro passo.
E aí, bora testar?
Resumo rápido
- Prompts para GPT’s são as instruções que a pessoa envia para a IA; quanto mais claros e objetivos, melhor.
- Um bom prompt inclui: o que se quer, o formato da resposta, o tom e, se possível, o papel que a IA deve assumir.
- Dar contexto faz diferença — isso ajuda a IA a responder com mais precisão.
- Escrever os pedidos em formato de lista ou tópicos pode deixar tudo mais fácil de entender.
- Saber que a IA trabalha com tokens ajuda a evitar respostas cortadas ou incompletas.
- Meta-prompts (pedidos para gerar outros prompts) são ótimos aliados para quem não sabe por onde começar. Para mais dicas e exemplos sobre como criar prompts para GPT’s eficientes, confira o este artigo.
- Testar, ajustar e tentar de novo faz parte do processo de aprender a conversar com a IA.