Outro dia, numa roda de conversa entre amigos, alguém perguntou quanto ganha quem trabalha com inteligência artificial. “Ouvi dizer que tem gente ganhando mais de vinte mil por mês só mexendo com dados e algoritmos” — disse um deles. Na hora, o assunto prendeu a atenção de todos. E não é por menos. Afinal, quem nunca teve curiosidade sobre os salários de uma área que não para de crescer?
Por que tanta gente está de olho nos salários em IA?
A verdade é que, em 2025, falar de tecnologia quase sempre leva a falar de inteligência artificial. Ela está em todo lugar — nos aplicativos, nos sites de compra, nas plataformas de vídeo. E onde tem tanta coisa acontecendo, tem muita empresa contratando. Daí, claro, os salários acompanham.
E não é só lá fora, não. O mercado global quer profissionais capacitados, mas o Brasil também está com os olhos bem abertos pra isso. Muita empresa, de startup até banco tradicional, está contratando gente pra lidar com IA. E não precisa ser um gênio da matemática, viu? O importante é estar disposto a aprender.
O que faz quem trabalha com IA, na prática?
Antes de falar dos valores, é bom entender o que esse pessoal faz. E olha, tem de tudo. Tem quem analisa dados pra prever comportamentos, quem cria modelos que aprendem com o tempo, quem desenvolve sistemas que “pensam” e até quem ajuda a integrar isso tudo dentro de uma empresa.
Os cargos mais comuns são:
- Data scientist (ou cientista de dados)
- Engenheiro de IA (também chamado de engenheiro de machine learning)
- Analista de dados
- Engenheiro de dados
- Especialista em linguagem natural (como quem treina chatbots)
- Gerente de produto com foco em IA
Cada um com seu papel, mas todos mexendo com informação pra resolver problemas do mundo real.
Tá, e quanto essas pessoas ganham?
Depende. Depende da empresa, da região, da experiência e até do projeto. Mas dá pra ter uma noção.
De acordo com o Glassdoor e com o site Vagas.com, um data scientist júnior aqui no Brasil costuma ganhar entre R$ 6 mil e R$ 10 mil por mês. Já quem está no nível pleno pode bater os R$ 15 mil. E quem tem mais tempo de estrada, nos níveis sênior, pode ultrapassar R$ 20 mil mensais — isso sem contar bônus ou participação nos lucros.
Agora, se a gente falar de engenheiro de IA, os valores sobem um pouco mais. Em algumas empresas grandes ou nos bancos, o salário inicial já passa dos R$ 12 mil. E tem gente ganhando mais de R$ 30 mil em cargos de liderança.
E não para por aí. Tem também quem trabalha como freelancer ou pra fora do Brasil, recebendo em dólar ou euro. Com o home office mais comum, essa virou uma realidade pra muita gente. Um bom projeto pode render de R$ 20 mil a R$ 40 mil, dependendo do que for feito.
A tal da experiência faz diferença?
Com certeza. Os níveis de senioridade influenciam bastante nos salários. Quem tá começando agora pode ganhar bem, mas quem já tem uns bons projetos no currículo e sabe se comunicar com diferentes áreas da empresa, tende a crescer rápido.
As empresas valorizam quem consegue entregar resultado. Ou seja, não basta só saber programar — é importante entender o problema que a empresa quer resolver com a IA. E mostrar que a solução realmente funciona.
Tem gente que, em três anos, sai do nível júnior e já assume projetos maiores. Tudo depende da dedicação e da capacidade de colocar o conhecimento em prática.
Onde estão as oportunidades em IA?
Em quase todo lugar. Saúde, educação, finanças, varejo, transporte… Cada setor está usando inteligência artificial de um jeito. Tem hospital usando IA pra prever doenças. Tem loja que sugere produtos com base no que o cliente gosta. Tem banco analisando crédito com ajuda de sistemas inteligentes.
E olha que interessante: segundo a Brasscom, o Brasil deve ter um déficit de mais de 500 mil profissionais de tecnologia até o final de 2025. Isso significa que tem mais vaga do que gente pra preencher. Ou seja, é um ótimo momento pra quem quer entrar nessa área.
E não importa se a pessoa vem de outra formação. Tem biólogo, administrador, psicólogo e até gente da área de humanas fazendo transição pra IA. O campo é grande e precisa de olhares diversos.
E quem não sabe programar, tem chance?
Tem sim. Muita.
Claro que saber mexer com código ajuda. Mas hoje existem ferramentas que facilitam bastante a vida. O que mais conta é entender o básico, saber interpretar os dados e, principalmente, saber fazer as perguntas certas.
Aliás, já mostramos 5 usos de IA na prática que você pode aplicar hoje mesmo — sem saber programar. Se você quer começar a explorar essa área sem complicação, esse artigo é um ótimo ponto de partida.
Além disso, nem todo trabalho com IA envolve código. Tem vaga pra quem trabalha com curadoria de dados, teste de sistemas, design de experiências e até tradução de modelos.
Por onde começar?
Se você tá pensando em se aventurar por essa área, aqui vão algumas dicas práticas:
- Comece com um curso básico de ciência de dados. A Alura e o Coursera são ótimos pra isso.
- Participe de comunidades como o Data Hackers, que sempre compartilham conteúdo e vagas.
- Pratique com dados reais. O site Kaggle tem desafios e exemplos pra todos os níveis.
- Monte um portfólio simples. Pode ser com projetos pessoais mesmo. O importante é mostrar o que sabe fazer.
Não precisa ter pressa. O segredo é ir aprendendo um pouco por dia. O que hoje parece difícil, daqui a alguns meses já vai parecer bem mais tranquilo.
IA é só pra quem trabalha com TI?
De forma alguma.
Tem advogado usando IA pra revisar contratos. Tem gente de RH analisando currículos com ajuda de inteligência artificial. Tem jornalista organizando pautas com base em dados. Ou seja, a IA está se misturando com quase todas as profissões.
O profissional que consegue usar essa tecnologia pra melhorar o que já faz ganha destaque rapidinho. Porque saber usar a ferramenta certa na hora certa faz toda diferença no dia a dia.
Vale a pena apostar nessa carreira?
Se a ideia é entrar numa área com boas oportunidades, salários atrativos e chance de crescimento, a resposta é sim.
Trabalhar com IA em 2025 já não é mais algo distante. Está nas empresas, nas escolas, nos hospitais e até nas startups pequenas. E como o campo ainda está se formando, tem espaço pra quem vem de vários caminhos.
Os salários chamam atenção, claro. Mas o mais interessante é a chance de trabalhar com algo que faz diferença. Que ajuda a resolver problemas de verdade.
Não precisa ser nenhum gênio, nem ter um diploma de universidade famosa. O que conta é a vontade de aprender, praticar e se adaptar.
Pra quem tá em busca de uma mudança ou pensando em qual carreira seguir, talvez seja a hora de olhar com carinho pra inteligência artificial. Porque ela já está mudando o mundo — e ainda precisa de muita gente boa pra isso acontecer.
Resumo rápido
- Os salários na área de IA em 2025 estão entre os mais altos da tecnologia.
- Cargos como data scientist e engenheiro de IA são muito procurados.
- O mercado global oferece boas oportunidades, inclusive pra trabalho remoto.
- Os níveis de senioridade fazem diferença na remuneração.
- Existem várias oportunidades em IA, mesmo pra quem está começando.